Por Paulo Elienay (@pauloelienay) gandaiaalvinegra.com
Quando o Evandro Leitão assumiu a presidência do Ceará ele não passava de um ilustre desconhecido. No entanto, essa visão diante da torcida alvinegra não demorou muito a mudar, pois rapidamente ele passou a ser respeitado pelo torcedor alvinegro, por conta das suas atitudes como chefe do executivo no Ceará.
Evandro saneou as finanças do clube, pois quem vai esquecer a situação caótica que vivemos na década passada, com os constantes processos trabalhistas que o Vozão sofria, saldo de gestões irresponsáveis, advogados interesseiros e também jogo de interesses de pessoas ligadas ao clube que levavam vantagem com essa farra.
Essa fase passou, graças a Deus.
Em 2009 a torcida foi ao clímax com a realização de um sonho que já levava 16 anos de longa expectativa, naquele ano gritamos juntos: Sou Vozão, sou Série A!
Tudo estava funcionando perfeitamente. Começamos a temporada de 2010 com uma frustração, é bem verdade, pois vimos o nosso adversário conquistar uma honra que até então só pertencia ao Ceará, no nosso estado. Mas como a torcida alvinegra vivia o sonho do retorno à Série A, até que digerimos bem o tetra tricolor.
No Brasileirão chegamos até a liderança, e depois de uma certa turbulência ainda conseguimos assegurar uma vaga na Copa Sul-Americana, promovida pela Conmebol.
Começa o ano de 2011, e logo de início conquistamos o título estadual. Depois a torcida viu encantada uma extraordinária campanha na Copa do Brasil, em que o Mais Querido foi a té a fase semifinal, quando foi eliminado pelo Coritiba. Passamos nosso momento de alegria na sul-americana, mas não restava dúvida que a grande preocupação de cada torcedor do Ceará, era a permanência na Série A.
Terminamos a primeira parte do Brasileirão com 25 pontos e com uma distância cômoda para a zona de rebaixamento. Mas no 2º semestre de 2011 tudo começou a dar errado para os lados de Porangabussu. Fizemos uma segunda metade do Brasileirão patética, quando não conseguíamos sequer fazer valer o mando de campo. Mancini foi embora, e para surpresa geral o Estevam Soares foi trazido de volta. Claro que não deu certo mais uma vez. E quando tudo já estava quase perdido o soldado alvinegro foi convocado para reassumir o Ceará, mas como Dimas é apenas humano, e não é milagreiro, o Vozão foi rebaixado.
Agora estamos em uma nova temporada, e é visível para todos que a política "pé no chão" da diretoria está atrapalhando os nossos objetivos. Para a atual temporada o desejo de todo alvinegro era o bi-campeonato estadual, uma boa campanha na Copa do Brasil e o retorno à Série A.
No entanto, com o que estamos vendo, nenhum dos três objetivos será alcançado. O que a diretoria está esperando para reagir? Vimos o nosso adversário sair do nada e formar uma time razoável, enquanto nós padecemos da falta de bons nomes, principalmente na zaga, na lateral esquerda, na meia e no ataque, e para completar o enredo sinistro, a diretoria resolveu ir contra a vontade da maioria da torcida, e trouxe de volta para o comando alvinegro o técnico Lula Pereira, que teoricamente é um excelente treinador, mas não tem demonstrado isso na prática.
Será que os objetivos da diretoria privilegiaram o sonho do Robinson de Castro de chegar à Câmara Municipal de Fortaleza? Será que a preocupação com as eleições está falando mais alto do que a preocupação com o clube?
Não gosto dessa mistura da diretoria com a política. Aliás, nenhum dirigente deveria se candidatar a nenhum cargo político enquanto o mesmo estivesse exercendo sua função no Ceará. Desde que o Evandro Leitão começou a se envolver com política as coisas começaram a dar errado para o Mais Querido.
Sei que algumas pessoas não admitem críticas aos dirigentes alvinegros, mas devo lembrar a todos que ninguém é imune a crítica, e principalmente quem exerce uma função tão importante, como a de presidente do maior clube do estado. Ninguém está acima do Ceará, nem eu, nem você, nem qualquer outra pessoa.
Vamos repensar o Ceará, vamos escolher outro caminho, pois esse aí só está trazendo problemas para o Mais Querido.

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